Fund Our FutureFinancie um Futuro com Justiça Climática
Você sabia que a agricultura industrial é a segunda maior causa das mudanças climáticas no mundo, ficando atrás apenas dos combustíveis fósseis?
No Brasil, essa relação se inverte: o chamado agronegócio é quem mais gera impactos socioambientais no país. Ao mesmo tempo, a agricultura é o setor que mais sofre com os efeitos do clima extremo: secas, enchentes e perdas na produção afetam milhões de pessoas.
Em vez de alimentar o mundo, a agricultura industrial está aprofundando a crise climática, podendo agravar a fome e a pobreza em uma escala global! Por isso, é fundamental investir em práticas sustentáveis, que cuidem da terra, reduzam as emissões e ainda gerem renda no campo, como a agroecologia.
Por isso, é preciso financiar quem protege, não quem destrói o planeta!
Quem paga o preço?
O dinheiro dos bancos está financiando o colapso climático
Mesmo sabendo disso, instituições globais como HSBC, Citibank e Barclays continuam investindo bilhões em empresas do agronegócio e de combustíveis fósseis que causam a crise climática e violam os direitos humanos.
A ActionAid seguiu o fluxo dos investimentos e revelou como bilhões de dólares do HSBC estão alimentando duas indústrias que mais destroem o clima: os combustíveis fósseis e a agricultura industrial.
Entre 2021 e 2023, o HSBCdestinou £153 bilhões para combustíveis fósseis e agronegócio industrial, gerando 357 milhões de toneladas de CO₂e e causando £128 bilhões em danos climáticos — três vezes seus próprios lucros.
Enquanto os lucros crescem, são as pessoas e os ecossistemas que pagam o preço.
Veja exemplos de como o financiamento do HSBC impacta comunidades ao redor do mundo:
No Brasil, o Cerrado está na mira
Aqui, esse dinheiro alimenta o desmatamento, conflitos fundiários, a expulsão de comunidades e a crise climática, especialmente no Cerrado, território das quebradeiras de coco babaçu.
Para mostrar como esse fluxo de capital funciona, a ActionAid realizou o estudo “Desmatamento Financiado: Quebradeiras de Coco na Mira do Agronegócio Global”, que mostra como bancos como o HSBC financiam a expansão do agronegócio no Cerrado Maranhense.
O resultado desses investimentos? Mais desmatamento, avanço sobre territórios tradicionais, violência e destruição de modos de vida — especialmente das mulheres quebradeiras de coco babaçu, verdadeiras guardiãs do Cerrado e da vida.
Seu modo de vida protege as florestas, a biodiversidade e ajuda a enfrentar a crise climática. Mas estão sob ameaça direta da expansão de monoculturas, como a soja, financiada por bancos globais.
O futuro que queremos
A solução existe: Agroecologia
Enquanto o sistema financeiro aposta na destruição, as comunidades tradicionais oferecem soluções. A agroecologia é uma alternativa real, sustentável e justa. É urgente que os fundos climáticos cheguem diretamente às mãos dos povos e comunidades que cuidam da natureza e combatem as mudanças climáticas na prática.
A saída está clara: investir na agroecologia e nos modos de vida dos povos e comunidades tradicionais. A agroecologia promove segurança alimentar, combate a crise climática, protege territórios e gera justiça social e ambiental.
É preciso financiar quem protege, não quem destrói!
Nossa campanha
#FundOurFuture é uma campanha criada pela ActionAid que envolve centenas de aliados ao redor do planeta. Nosso movimento exige que os investidores em combustíveis fósseis e agricultura industrial interrompam o fluxo financeiro para essas atividades.
Mudança climática significa agir agora
Exigimos que bancos parem de investir em quem causa destruição e que o dinheiro público seja usado para o bem viver, investindo em energia renovável e soluções agroecológicas que promovam a segurança alimentar e a justiça social.
Exigimos mudanças!
Com a COP30 se aproximando, a ActionAid faz um chamado: é hora de colocar as pessoas e o planeta no centro das decisões. A campanha #FundOurFuture quer mudar o rumo dos investimentos que hoje financiam o desmatamento e a injustiça.
Acreditamos que o dinheiro público e privado deve servir para construir um futuro com justiça climática e social.
No Brasil, isso significa:
Fim do financiamento à destruição: Bancos e investidores públicos e privados devem parar de apoiar empresas que desmatam, poluem e violam direitos humanos.
Investimento em soluções sustentáveis: A agroecologia é uma alternativa real ao modelo atual. Ela protege o meio ambiente, gera renda e promove segurança alimentar e justiça social.
Proteção dos territórios e modos de vida: Garantir o direito à terra e fortalecer políticas públicas que valorizem os saberes e práticas de povos e comunidades tradicionais.
Responsabilidade do Estado: O governo precisa agir com firmeza, aplicando leis, fiscalizando crimes ambientais e garantindo o direito à alimentação e à soberania dos povos.
É hora de agir!
Inscreva-se no formulário abaixo para baixar o relatório completo “Desmatamento Financiado: Quebradeiras de Coco na Mira do Agronegócio Global”, receber novidades da campanha e somar forças com quem está na linha de frente da luta por um futuro justo e sustentável.