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Notícias Agroecologia e Clima

ActionAid comenta: O que é IPCC e por que é importante acompanhar o painel da ONU sobre mudanças climáticas?

Data: 06/04/2022 Por: ActionAid

Desde o ano passado, uma sigla ganhou mais força não só nas comunicações da ActionAid, mas em toda a mídia: trata-se do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas. Foi criado em 1988, no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU) para avaliar, periodicamente, o estado da arte do conhecimento científico sobre as mudanças do clima. Em 2021, este que é o mais completo estudo científico sobre o tema no mundo trouxe um alerta grave, confirmando pela primeira vez que a ação humana influenciou as mudanças climáticas. Este ano, mais duas partes deste Sexto Relatório de Avaliação do IPCC foram lançadas. A mais recente delas, publicada no dia 4 de abril, reforça a urgência da mudança de rota.

Essa terceira parte do relatório foca na análise dos caminhos seguidos para mitigar as mudanças climáticas, reduzir emissões de carbono, e traz um panorama de estagnação e retrocesso. O documento estabelece ainda opções viáveis e financeiramente sólidas em todos os setores que podem manter viva a possibilidade de limitar o aquecimento a 1,5 grau.

A mensagem do secretário-geral das Nacões Unidas, António Guterres, foi alarmante:

Este relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas é uma longa enumeração de promessas climáticas não cumpridas. É um arquivo da vergonha, catalogando as promessas vazias que nos colocam firmemente no caminho para um mundo inabitável. (…) Alguns líderes governamentais e empresariais estão dizendo uma coisa – mas fazendo outra.

Em sua mensagem, o secretário mostra a preocupação sobre o caminho para um aquecimento global de mais do dobro do limite de 1,5 grau acordado em Paris, e destaca exemplos de um desastre climático já existente, como cidades debaixo d´água, ondas de calor sem precedentes, tempestades aterrorizantes, extinção de um milhão de espécies de plantas e animais e falta de água generalizada. Guterres lamenta ainda terem saído da COP26 em Glasgow com um “otimismo ingênuo, pois o principal problema – a enorme e crescente lacuna de emissões – foi praticamente ignorado”.

Sobre essa mais recente análise do IPCC, a líder de Justiça Climática da ActionAid Internacional, Teresa Anderson, comenta:

Você pode sentir a frustração dos cientistas de que montanhas de evidências ainda não estão impulsionando a ação necessária para atingir as metas climáticas globais. Eles estão assistindo ao relógio passar enquanto governos e poluidores continuam evitando fazer mudanças ousadas em nossos sistemas energéticos, alimentares e industriais, que são nossa única saída para a mudança climática catastrófica.

Nesses presente e futuro catastróficos com a falta de comprometimento dos países do Norte Global, os maiores emissores, os países do Sul Global são extremamente impactados. A parte do sexto relatório de avaliação do IPCC lançada em 2021, inclusive, traz indicações também categóricas sobre o Brasil.

O estudo lançado ano passado já apontava, por exemplo, que a desertificação do semiárido brasileiro e a insegurança hídrica que assola a população desta região estão ligadas, essencialmente, às mudanças climáticas e aos danos que o modelo econômico e produtivo predominante no país impõe sobre a região com o desmatamento das florestas e matas nativas, a produção agrícola baseada na monocultura para exportação, a pecuária extensiva e intensiva, a poluição dos rios (com agrotóxicos, metais pesados e esgoto), poluição dos mares com combustíveis fósseis e a utilização irrestrita dos recursos hídricos, como comenta Junior Aleixo, especialista em Justiça Climática da ActionAid no Brasil.

É importante destacar que todos os impactos climáticos desse modelo econômico e produtivo, muito alinhado a demandas e acordos internacionais, afetam a situação de pobreza e vulnerabilidade social da população, inclusive a segurança alimentar no Brasil. Com o aumento da temperatura a partir da emissão de gases de efeito estufa, a produção agrícola ficará ainda mais afetada, porque haverá (e já está ocorrendo) uma redução nos campos de produção, em detrimento de solos desertificados e sem possibilidade de vida biológica; escassez hídrica para irrigação das múltiplas lavouras; dificuldades na produção e no crescimento de animas em razão da elevação do calor; redução intensa dos corpos hídricos (vazão dos rios), entre outras consequências.

Enquanto organização não-governamental presente no Brasil há mais 20 anos, a ActionAid vem presenciando não só impactos das mudanças climáticas, mas potencializando soluções sustentáveis, muitas delas citadas inclusive pelo secretário-geral da ONU em sua recente mensagem.

Por isso, é muito importante que a sociedade se informe e se conecte verdadeiramente a tais alertas dados pelo IPCC e se engaje para cobrar ação dos líderes e governantes, no Brasil e no mundo, em prol de coalizações climáticas, apoio a economias emergentes, transição para energias renováveis, proteção das florestas e ecossistemas e seus povos e comunidades tradicionais. Analista de Justiça Climática da ActionAid no Brasil, Jessica Siviero destaca:

O IPCC, em seus recentes documentos, também aponta que a adaptação é essencial. Já existem soluções que comprovam resultados, como a agricultura realizada a partir de sistemas agroflorestais e implementação de fontes de energia alternativas renováveis, mas necessitam de investimento para ampliar escala. Diversas estratégias de adaptação vêm sendo praticadas com excelência de resultados no Brasil, e a ActionAid testemunha e apoia transformações consistentes junto às centenas de comunidades com as quais trabalhamos.

 

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