Pilares de trabalho
Somos uma organização internacional que trabalha por justiça social, equidade de gênero e étnico-racial e pelo fim da pobreza. Nossa atuação no Brasil e no mundo se baseia em cinco pilares temáticos, articulados de forma transversal em nossas iniciativas.
Acreditamos que não haverá superação da pobreza se não forem enfrentadas suas causas estruturais. No Brasil, o racismo está enraizado nas estruturas sociais, políticas e econômicas, sendo uma das causas fundamentais da desigualdade.
Para a ActionAid, equidade racial significa o compromisso em promover justiça e igualdade, enfrentando o racismo em suas várias formas e garantindo que todas as pessoas, especialmente as populações negras, indígenas e tradicionais, tenham acesso a oportunidades e direitos.
Através de nossas iniciativas e parcerias, atuamos para corrigir injustiças históricas e redistribuir poder e recursos de forma equitativa, visando um mundo mais justo e sustentável para todas as pessoas.
Veja na prática
Mulheres e meninas estão no centro do nosso trabalho, porque elas são as que mais sofrem com a pobreza, a desigualdade e a violência. Por isso, atuamos para fortalecer os direitos das mulheres, incentivando que elas sejam protagonistas das mudanças que desejam para si e para o mundo, com uma abordagem interseccional que considera as múltiplas formas de opressão que enfrentam.
Atuamos para enfrentar as desigualdades estruturais que afetam as mulheres, apoiando suas estratégias de superação da pobreza, promovendo sua liderança e autonomia econômica, política e social, com especial foco nas mulheres e jovens negras, indígenas e das comunidades tradicionais.
Nossas iniciativas envolvem o enfrentamento à violência de gênero, a promoção de políticas públicas que garantam acesso a direitos fundamentais, como saúde e educação, e a luta pela igualdade de oportunidades.
Veja na prática
Todas as pessoas são afetadas pelos efeitos da crise climática, porém nem todas são impactadas da mesma forma. Desastres ambientais, como enchentes e secas, afetam desproporcionalmente as populações mais vulneráveis, como pessoas negras, indígenas e povos tradicionais, tanto no campo como nas cidades.
Por isso, entendemos que a crise climática não é apenas uma questão ambiental, mas também social e política, agravada por desigualdades estruturais, como o racismo ambiental. A ActionAid se dedica a amplificar as vozes das comunidades mais afetadas, promovendo seu protagonismo em debates e decisões sobre políticas climáticas e apoiando práticas como a agroecologia e o acesso equitativo aos recursos naturais, como água e terra.
Assim, buscamos construir um modelo de justiça climática que promova equidade, sustentabilidade e a defesa dos direitos humanos, apoiando o desenvolvimento de estratégias de adaptação e resiliência às mudanças climáticas, especialmente para mulheres e jovens, que são os principais defensores dos bens comuns e que sofrem os maiores impactos das crises ambientais.
Veja na prática
Para o enfrentamento às desigualdades estruturais que perpetuam a pobreza e a exclusão social, é essencial uma redistribuição justa de recursos e oportunidades, garantindo que pessoas em situação de pobreza tenham acesso a direitos fundamentais, como trabalho digno, educação de qualidade e serviços públicos adequados.
Para alcançar justiça econômica, trabalhamos para promover ações transformadoras nas políticas públicas, particularmente na educação antirracista, visando garantir o investimento público, a responsabilidade e a transparência no acesso a proteção social e a serviços públicos de qualidade com equidade racial e de gênero.
Além disso, incentivamos práticas econômicas sustentáveis, como a economia solidária e a agroecologia, e apoiamos a atuação e organização de mulheres e jovens, particularmente meninas e jovens, mulheres negras, indígenas e quilombolas e a sua articulação com redes e movimentos da sociedade civil, visando construir políticas públicas antirracistas e equitativas.
Veja na prática
Em todo o mundo, a atuação da ActionAid em emergências é voltada para apoiar comunidades vulneráveis afetadas por crises humanitárias, como conflitos, desastres naturais e crises climáticas.
Nossa Assinatura Humanitária, baseada em direitos e com foco nas lideranças femininas locais, assim como na proteção de mulheres e crianças, não apenas atende às necessidades imediatas durante as emergências, mas também trabalha com as comunidades para desenvolver estratégias de recuperação e reconstrução de longo prazo.
No Brasil, trabalhamos para fortalecer a resiliência de grupos e comunidades vulneráveis nos territórios, como as populações negras – rurais e de periferias urbanas – povos e comunidades tradicionais e populações indígenas, que são desproporcionalmente atingidas por desastres e emergências, muitas vezes agravados pelo racismo ambiental.
Por isso, buscamos promover a liderança de mulheres e jovens negros, capacitando essas populações a atuarem de forma rápida e eficaz durante crises. Ao mesmo tempo, atuamos na defesa de políticas públicas sensíveis a questões de raça e gênero, para garantir que as respostas a emergências sejam mais inclusivas e eficazes.